Confira quais são as tendências em bebida e comida no Brasil

Em comemoração aos 10 anos da Mintel Brasil realizou uma pesquisa de consumidor a respeito da indústria brasileira de alimentos e bebidas, em busca de destacar as preferências e as tendências dos últimos anos.

Segundo o balanço anual de 2022 da ABIA (Associação Brasileira da Indústria da Alimentação), a indústria de alimentos e bebidas é a maior do Brasil, responsável pelo processamento de 58% do cultivo nos campos e gerando mais de 1,8 milhão de empregos. 

Entre 2013 a 2013, o estudo mostra quais alimentos foram mais consumidos em cada ano e o contexto por trás das tendências. 

A tecnologia entra em destaque, além da inovação de novos alimentos e a opção de ingredientes in natura e saudáveis. 

Veja abaixo 10 anos de tendência dos consumidores brasileiros por alimentação no país:

2013

De acordo com o Mintel Global New Products Database (GNPD) , por volta do começo de 2010, cerca de 13% dos lançamentos de alimentos no Brasil fizeram campanha para enfatizar alimentos com menos açúcar e gorduras “reduzidas”.

Ou seja, em  2013 o teor de açúcar, gordura, sal e calorias era tão grande que houve uma preocupação com a saúde na época. Por exemplo, pipoca Yoki com declaração de 0% de gordura trans na frente da embalagem teve o maior percentual de lançamentos com essa afirmação.

Desde então, limitar esses ingredientes passou a ser preferência dos brasileiros. Coisa que permanece até hoje, muitos continuam priorizando a saúde.

2014

Em 2014 outra tendência surgiu entre os brasileiros e o consumo no país: a sustentabilidade. Após o aumento de campanhas centradas no bem-estar e na saúde, o meio ambiente foi o próximo foco das indústrias e dos consumidores.

De acordo com dados da Mintel GNPD, cerca de 22% de todos os lançamentos de alimentos e bebidas tiveram pelo menos uma embalagem com escritos como “reciclagem ética” ou “embalagens ecológicas”.

Coca-Cola Crystal Water, por exemplo, lançou uma garrafa de 500ml feita com material 100% reciclável na época. Uma composição inovadora que utilizou 20% menos plástico e incorporou 30% de materiais vegetais, resultando numa maior reciclabilidade. 

Uma campanha que chamou atenção e abriu caminho para mais produtos lançarem versões atualizadas e sustentáveis do produto, buscando a responsabilidade ambiental.

2015-2017

Nos anos após o sustentável, quem entrou na moda foram alimentos integrais, como grãos, sucos, pão. Em 2015, a maioria dos consumidores brasileiros  discordavam que “grãos integrais/produtos de grãos integrais são apenas para quem está de dieta”. 

Isso porque muitos consumidores perceberam os benefícios que produtos assim traziam para além de dietas ou restrições. Dessa forma, pão integral, geleia integral entre outros produtos entraram no gosto da população brasileira.

2018-2019

Segundo a Mintel GNPD, em 2019, houve um grande aumento no percentual de lançamentos com a alegação ‘alto/adicionado em proteínas’, respondendo por quase 5% de todos os lançamentos de bebidas e produtos alimentícios no Brasil. 

Ou seja, o costume era consumir produtos com “alto teor de proteína”, para garantir todos os nutrientes necessários como fibras, proteínas e vitaminas.

Outra tendência que surgiu foi o aumento de alimentos à base de plantas, ou melhor, plant-based.De 2018 a 2019, os lançamentos de alimentos e bebidas de origem vegetal no Brasil cresceram aproximadamente 147%. 

Em 2020, 2,5% de todos os produtos alimentícios e bebidas lançados no Brasil traziam a alegação “à base de plantas”. Carnes vegetais com textura da carne animal, por exemplo, ficaram muito populares nessa época.

2020-2021: pandemia

Em 2020, durante a pandemia do Covid-19, muitos hábitos alimentares foram alterados ao redor do mundo, no Brasil não foi diferente. Muitos consumidores ficaram mais preocupados com a saúde e procuraram formas de fortalecer seu sistema imunitário.

Segundo o  Mintel GNPD, 1/3 dos consumidores brasileiros disse, na época, que consumiam mais alimentos e bebidas  que eram feitos com ingredientes para estimular o sistema imunológico (por exemplo, cúrcuma, vitaminas). 

Para seguir essa tendência, as marcas começaram a inovar produtos com afirmações que eram positivas para a saúde e bem-estar.

A pandemia também foi protagonista para outras tendências, uma delas era a importância de alimentos que fazem bem para a saúde mental. Sucos naturais, saladas entre outros que ajudavam a melhorar a qualidade do sono e o humor.

Preferências essas que permanecem até hoje no prato dos brasileiros. Frutas e vegetais orgânicos também se tornaram os favoritos de muitos brasileiros que buscam foco na saúde.

2022-2023 e futuro

Tudo indica, baseado na pesquisa de mercado e tendências da Mintel GNPD, que os alimentos naturais com mais fibras e nutrientes serão protagonistas nos próximos anos.

O crescimento de produtos plant-based, veganos e orgânicos podem ajudar a contribuir para a popularidade. Afinal, as indústrias investem no que é tendência.