Inteligência artificial domina a indústria de alimentação

Empresas investem em tecnologias para melhorar a experiência do consumidor

A tecnologia vem avançando no mercado de alimentação. Mas antes o que era apenas no food service, agora chegou também nas indústrias de alimentos. E não há previsão de parar.

A inteligência artificial vem alterando a forma de produção de alguns produtos, causando impactos nas indústrias de alimentação. Essa tecnologia afeta, principalmente, as comidas orgânicas.

Um exemplo é a empresa NotCo, já conhecida por revolucionar a indústria alimentícia, e suas inovações com tecnologia IA.

Focada em alimentos de origem vegetal, saudáveis e sustentáveis, a Foodtech possui sua própria inteligência artificial, a chamada “Giuseppe”, que explora diferentes dados e informações sobre as plantas e seus componentes. 

Seu trabalho é buscar combinações de vegetais, como verduras, grãos e leguminosas que resultarão em alimentos com sabor, textura, aroma e aparência idênticos aos produtos de origem animal.

Giuseppe serve para auxiliar e acelerar o processo de desenvolvimento de receitas, para economizar pesquisas, tempo e recursos que podem ser utilizados para outra etapa do processo. 

Dessa forma, a Inteligência Artificial ajuda a NotCo a produzir alimentos com base animal, mas feitos exclusivamente de ingredientes vegetais. Ou seja, deixando-os ainda mais saudáveis e saborosos já que envolve combinações de proteínas vegetais, óleos emulsificantes e outros componentes.

Assim, a empresa consegue manter seu compromisso com a sustentabilidade, reduzindo a produção animal que está associada a emissões de gases de efeito estufa e ao uso de recursos naturais.

Vanessa Giangiacomo, head de marketing da NotCo, explica um pouco mais sobre os objetivos da empresa  “A NotCo adota uma abordagem orientada por dados e Inteligência Artificial para inovar na criação de alimentos, possibilitando uma rápida interação e melhoria de produtos. “

Nosso portfólio diversificado inclui alternativas para uma variedade de produtos, como leite, carnes, frangos, maionese, bebidas proteicas e até creme de leite vegetal, ampliando as opções para os consumidores que desejam reduzir seu consumo de produtos de origem animal”, finaliza a empresária.

Investimento das Foodtechs

inteligencia artificial

A NotCo não é a única Foodtech a investir em tecnologias como inteligência artificial. A empresa Diferente, número um em compra e venda de alimentos orgânicos do país, também apostou em um IA própria.

Com o nome “PitaIA” a ferramenta tem o propósito de melhorar a experiência do consumidor. A tecnologia pode oferecer aos usuários receitas, combinações e misturas em tempo real de cada alimento recebido na cesta. 

O CTO e cofundador da Diferente, Paulo Monçores, ressalta que a PitaIA permite que o cliente utilize o máximo de alimentos enviados pela empresa.

A ideia é que a IA ajude-os a conhecer cada vez mais as possibilidades de consumo de cada item, oferecendo uma experiência ainda mais positiva aos usuários”, comenta ela.

Não só isso, mas a PitaIA também tem o objetivo de aperfeiçoar o abastecimento interno de montagem das cestas. Dessa forma, a produção e a demanda do mercado ficam alinhadas, evitando desperdícios.

Por enquanto, a preocupação das Foodtechs é melhorar a experiência do consumidor ao mesmo tempo que otimiza o tempo de produção da empresa. Porém, com os avanços da tecnologia, a Inteligência Artificial ainda pode dominar outras funções da indústria no futuro. 

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