O número de pessoas veganas e vegetarianas se multiplicou cerca de 75% nos últimos 10 anos
O mercado vegano e vegetariano no Brasil está crescendo e não vai parar tão cedo. O setor de comidas sem origem animal aumentou cerca de 75% desde 2012, de acordo com a pesquisa realizada pelo IBOPE.
O número de pessoas que se declaram vegetarianas também cresceu , de acordo com o estudo. Quase 14% de pessoas se consideram vegetarianas em 2023. E mesmo que o número de pessoas veganas seja menor, ainda é um número muito maior que 10 anos atrás.
Segundo dados da Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB), o número de pessoas adeptas a esse estilo de vida está próximo a 7 milhões. O maior número do veganismo na América Latina.
Percebendo essas mudanças nos hábitos alimentares do público, as empresas começaram a investir em pratos e até produtos veganos no mercado. O que muitas empresas do setor food service usam para movimentar os números ao seu favor.
De acordo com o Ministério da Fazenda, o número de empresas investindo no termo “vegano” cresceu mais de 500% nos últimos anos.
SKyQues revelou em uma pesquisa que o mercado de alimentos veganos valia U$$ 15,6 bilhões em 2021 e deverá ultrapassar U$$ 34,24 bilhões até 2028.
Esse fato deixou o Brasil em primeiro lugar como país com maior oferta vegana na América Latina. Segundo o levantamento, são quase 3.000 estabelecimentos veganos no país. Boa parte fica nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, consideradas “vegan-friendly”.
Uns dos principais motivos para o movimento vegano ganhar popularidade entre o público é o interesse por comidas mais saudáveis.
Um relatório do mercado Mintel revelou em 2020 que, durante a pandemia, 25% dos jovens britânicos nascidos de 1980 a 1990 diziam preferir a dieta vegana, depois do Covid-19.
O que indica que o movimento ganhou mais atenção pelas pessoas estarem mais preocupadas com a saúde. Além da condição financeira, muitos pratos vegetarianos costumam ser mais baratos.
Relatório global "Rise of Plant Based Eating and Alternative Proteins: Understanding Flexitarians and Growth Trends” de abril de 2021, contou que quase 1 em cada 4 consumidores no mundo (23%) está tentando limitar a ingestão de carne, percentual que era de 21% em 2019.
Dessa forma, não só vegetarianos e veganos consomem produtos sem proteína animal. Muitas pessoas se consideram flexíveis ou até evitam carnes ultraprocessadas.
No Brasil, a preocupação é notável. 72% dos brasileiros aumentaram os cuidados com a alimentação nos últimos anos, de acordo com Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres.
Não é surpresa empresas impulsionarem as vendas ao oferecer produtos veganos. As indústrias precisam caminhar de acordo com a preferência de consumo do público e o mercado vegano está crescendo cada vez mais.