Rappi volta com tudo após decisão do Cade

Após a decisão do Conselho Administrativo de Defesa Econômica, Cade, de limitar o contrato de exclusividade do iFood, a Rappi tem planos para investir e bater de frente com sua principal rival no ramo do delivery.

Tijana Jankovic, CEO do unicórnio colombiano no Brasil, comenta que o acordo é revolucionário para o sistema de entregas e pode ajudar a mudar muita coisa. 

“As novas regras estabelecidas pelo Cade permitem que as participações no mercado sejam delimitadas de uma forma que nunca antes foi feita no mercado de delivery. Não é algo que vai redistribuir o market share magicamente, mas vai ajudar a balancear o mercado”

Para ela, com o iFood limitado, outras empresas poderão fechar negócio com mais restaurantes e a concorrência muda de forma. 

Ou seja, em vez da melhor barganha de exclusividade, a competição será por estratégias das marcas. “A decisão do Cade garante um piso para os players montarem melhores propostas de valor”, explica Tijana.

A meta da Rappi é investir em serviços próprios e inovadores. Enquanto sua rival, IFood, procura focar nos preços e cupons, o App de delivery quer avançar no plano de assinatura. 

“O Prime existe em todos os mercados onde estamos e é importante em todos, mas no Brasil se tornou nossa principal proposta de valor no momento”, completa a CEO.

Entenda o plano Prime da Rappi

Hoje o público pode escolher entre dois planos do aplicativo: o Prime Basic e o Prime Plus. Entenda as diferenças:

Prime Basic:

• R$ 19,90 por mês;

• Frete grátis para até oito pedidos;

• 30% de desconto no custo serviço;
• Até 50% de desconto em produtos.

Prime Plus:

• R$ 34,90 por mês;

• Frete grátis ilimitado;
• Até 50% de desconto em outras verticais.

A CEO aponta que no ano passado, houve um crescimento de 20% na base de usuários, atraídos pelo frete grátis e outros benefícios mais flexíveis em restaurantes. Como o acordo da Cade e o iFood muda o mercado, o investimento fará a Rappi crescer ainda mais esse ano.

Relembre a decisão do Cade

A Rappi e mais de 40 empresas do mercado de delivery  fizeram uma petição para investigar os contratos de exclusividade do iFood, já que a empresa dominava quase 80% do mercado.

O iFood negociava com os restaurantes contratos exclusivos para não utilizar outras plataformas e, em troca, investia nos estabelecimentos e em condições comerciais diferenciadas.

Com a investigação, o Cade decidiu limitar o poder e a exclusividade do iFood. Uma das maiores mudanças para o iFood foi a limitação de tempo do contrato e unidades por cidade.

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