A 99Food, serviço de delivery da 99 controlada pela empresa chinesa Didi Chuxing, anunciou em abril de 2025 o seu retorno ao mercado brasileiro.
A volta acontece com um investimento de R$1 bilhão, destinado a transformar o aplicativo em um “super app” capaz de integrar mobilidade, pagamentos e entregas de comida em uma única plataforma.
Com essa estratégia, a empresa pretende disputar espaço com os líderes do setor, oferecendo vantagens para conquistar restaurantes parceiros.
O plano também inclui benefícios voltados tanto para entregadores quanto para consumidores, fortalecendo o ecossistema da marca no país.
De acordo com a empresa, os restaurantes parceiros não pagarão comissão nem mensalidade durante os dois primeiros anos de operação. Apenas custos de entrega e a taxa de pagamento digital de 3,2% serão aplicados.
Em um pedido de R$100, por exemplo, o restaurante ficaria com cerca de R$92,30, contra R$73,80 nos modelos concorrentes, uma diferença superior a 20 pontos porcentuais.
Ainda, segundo a 99Food oferece dois modelos de operação: o Full Service, em que a própria empresa gerencia a entrega, e o Marketplace, no qual o restaurante assume a logística.
O investimento de R$1 bilhão será utilizado não só para o relançamento da 99Food, mas também para expandir o ecossistema 99 no Brasil, que já conta com mais de 3.300 cidades atendidas, 1,5 milhão de motoristas e 55 milhões de usuários ativos.
A estratégia de taxa zero deve pressionar concorrentes como iFood e Rappi, que hoje chegam a cobrar até 27% de comissão dos restaurantes parceiros. Já a Abrasel avalia que a novidade pode abrir espaço especialmente para pequenos e médios negócios que buscam reduzir custos e melhorar margens de lucro.
Para os donos de restaurantes, a fase inicial pode representar uma economia significativa e acesso a novos clientes sem investimento em marketing. Mas, como lembra o E-commerce Brasil, é preciso prestar atenção ao que vem depois do período promocional e às regras de preços iguais que podem aparecer nos contratos.