Comfort foods: uma tendência que veio para ficar

Consumidores buscam alimentos que tragam uma experiência para eles

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Pensar em gastronomia afetiva nem sempre é a primeira opção do empreendedor ou empreendedora. Afinal, esse é um nicho que requer um excelente planejamento para entender o que irá atrair o consumidor final.

Já estamos cansados de falar (e ler) o quanto a pandemia mudou os hábitos alimentares do brasileiro. Mas essa é a realidade e precisamos nos acostumar com isso. A gastronomia afetiva, ou melhor, as comfort food, estão ganhando força nos últimos anos.

Na pandemia, o consumo de comfort food se tornou uma válvula de escape para muitos. Inclusive, neste período, muitas pessoas têm se interessado mais pela própria saúde, aderindo a uma alimentação mais saudável e balanceada.

Isso porque os clientes têm buscado não apenas a refeição, mas a experiência por trás do prato consumido. É por isso que esse segmento tem como objetivo: te levar a locais caseiros, trazer de volta memórias de infância e lembrar a comida que seus pais e avós faziam.

Quem costuma frequentar cozinhas como essa buscam algo além da comida, buscam memórias e isso fideliza clientes. Por isso, investir nesse nicho pode ser muito lucrativo. Obviamente, você não irá conseguir reproduzir os pratos que alguém comia na infância, mas pode fazer com que memórias sejam ativadas.

A comida tem esse poder: criar conexão entre as pessoas e suas histórias. Refeições simples, bem preparadas e gostosas.

Mas como fazer isso?

É simples! Escolha um tipo de culinária, você irá atender um nicho e poder trabalhar estratégias de comunicação mais assertivas para conquistar seu público. Um exemplo, é a cozinha italiana, fuja do padrão de pizzas e monte um restaurante focado nas comidas das Nonas (avó em italiano).

Com toda certeza, essa é uma lembrança que atinge a mente, o cliente se sente bem consumindo aquela comida, o que torna o momento da refeição mais prazeroso. Isso, sem dúvida, é um diferencial.

Você não precisa ter uma cozinha tão segmentada assim, mas tenha em mente alguns pontos na hora de investir nesse negócio.

  • Escolha temperos caseiros;
  • Entenda qual o consumidor que você quer atrair;
  • Estude a área que irá abrir seu negócio;
  • Se tiver atendimento salão, como tornar o espaço físico acolhedor;
  • Se atender apenas delivery, investir em embalagens que contem uma história.

Esses quatro pontos serão muito importantes para seu sucesso final.

Um negócio que em crescimento

Para você ter uma ideia, a Pepsico registrou um aumento de 7% na sua receita no segmento de comfort foods, apenas no seu segundo trimestre fiscal da companhia no último ano aqui no Brasil.

Ou seja, se existe um aumento na compra de bolachas e salgadinhos, o que não é possível fazer no segmento de comida caseira não é mesmo?

Em uma pesquisa encomendada pela 99 Food no ano passado, mostrou que 83% dos entrevistados têm o costume de comer pratos típicos de seus estados. Entre as cinco regiões brasileiras, o Nordeste se destaca como a região com a mais forte ligação com sua cultura gastronômica (93%), seguida da região Sul (87%).

Entre os participantes, 41% consideram que consumir pratos locais é uma forma de valorizar a cultura de sua região, enquanto 29% entendem que a comida local os conecta com seus familiares.

O aumento na procura de restaurantes que possuem uma gastronomia afetiva dentro dos marketplaces de delivery é um fato. Considerada uma forma de valorização da cultura gastronômica e de conexão com as memórias afetivas familiares, a comida regional é valorizada por 83% dos brasileiros, segundo dados do Datafolha.