“Cozinhas fantasmas” devem ultrapassar os R $60 bilhões em 2025

Setor cresce em meio a debates sobre regulamentação e impacto urbano

As famosas dark kitchens, operação de restaurantes sem salões ou fachadas, estão se tornando o maior motor de crescimento do setor de alimentação no Brasil. 

Este avanço é diretamente ligado pelo mercado de delivery, que, segundo projeções da Statista para 2025, deve movimentar mais de R$60 bilhões no país. 

Um relatório da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), aponta que o modelo exclusivo para entrega já representa quase 25% do faturamento de estabelecimentos que operam em diversos formatos. 

O baixo custo de entrada e a alta eficiência operacional continuam sendo muito atrativos para aqueles empreendedores dispostos a fazerem grandes investimentos.

Os desafios da regulamentação

Apesar de parecer quase um negócio perfeito, a expansão das dark kitchens acontece cheia de incertezas. Um levantamento da Consultoria Geofusion, publicado em março de 2025, revelou que mais de 70% das novas “cozinhas fantasmas” inauguradas no último ano se concentraram em apenas 5 capitais. 

Ou seja, os problemas de ruído, tráfego de motoboys e descarte de resíduos estão saindo do controle estabelecido pela cidade de São Paulo com sua lei de 2022. Além disso, a maioria dos municípios brasileiros ainda não tem uma regulamentação específica, tratando esses espaços como “cozinhas industriais”, que, segundo a Vigilância Sanitária Nacional, cria brechas para a fiscalização.