A empresa pretende desligar todas as máquinas do país até 2032
McDonald’s começou um processo para retirar as máquinas de refil de refrigerantes nos EUA. O motivo é a mudança de comportamento dos consumidores nos últimos anos.
A máquina de self-service permite que os clientes reabasteçam os copos quantas vezes quiserem. No Brasil, essa prática também existe, principalmente em praças de alimentação ou quiosques de refeição.
Mas o costume de consumir o quanto desejar é muito mais forte na América do Norte. Porém, a maior empresa de fast-food do mundo decidiu desligar as máquinas de refil de algumas unidades e pretende sumir com todas até 2032.
É o que diz a empresa em comunicado “O McDonald’s deixará de usar estações de bebidas self-service em refeitórios em todos os EUA até 2032”,
Ainda completa: "Essa mudança tem como objetivo criar uma experiência consistente para os clientes e a equipe em todos os pontos de pedido, seja no McDelivery, no aplicativo, no quiosque, no drive- thru ou no restaurante."
Uma das principais motivações para o McDonalds tomar tal decisão é a mudança de consumo que se instalou no público nos últimos anos.
Com a pandemia e o isolamento social, o número de pessoas consumindo através de drive-thru, delivery ou take away aumentou de maneira significativa, enquanto o consumo nos refeitórios diminuiu gradualmente.
De acordo com relatório de lucros dos EUA, o número de vendas digitais representa 40% das vendas totais do país. Ou seja, as lojas, negócios e empreendimentos se tornaram mais tecnológicos.
E o McDonalds está determinado em acompanhar essa nova realidade. Além do deslocamento das máquinas de refrigerante self-service, a rede de fast-food pretende construir restaurantes menores.
Com salas pequenas ou até prédios sem salas de jantar, apenas com delivery e drive-thru, o intuito é investir no online para que assim atenda todas as necessidades do público.
Chipotle, Taco Bell, Starbucks e outras redes de alimentação também estão construindo projetos para modificar seus designs.
Mudanças de consumo passam a atingir todo o mercado food service. E quando falamos de um comportamento adquirido em um isolamento mundial, é bem provável que as redes de fast food também façam mudanças no Brasil.
Segundo os dados da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), o número de usuários de delivery teve um aumento de 24% em apenas 2 anos.
A pesquisa ainda revela que o Brasil é protagonista em números de pedidos pela internet, responsável por quase 50% do delivery de toda América Latina.Ficando na frente do México (27,07%) e Argentina (11,85%).
Ou seja, é possível se preparar para mudanças de design e estrutura dos restaurantes nos próximos anos, tanto como grandes redes, por exemplo McDonalds, como as menores.