Mercado brasileiro de delivery prevê receita de US$21,18 bilhões para 2025

Vendas no delivery nacional representam cerca de 1,51% da receita mundial no setor

Alimentos e bebidas são os mais vendidos pela internet

As vendas através de plataformas de e-commerce e delivery se popularizaram no Brasil, ganhando um aumento significativo após a pandemia de Covid-19. Conforme apontado pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), o setor de alimentos e bebidas obteve um faturamento de cerca de R$16 bilhões no comércio eletrônico em 2024, um aumento de 18,4% em relação ao ano anterior. 

A expectativa de crescimento do e-commerce é positiva para a ABComm, com uma previsão de faturamento de R$234 bilhões para o ano de 2025. O delivery não fica para trás: segundo dados da Statista, as vendas no país representam 1,51% da receita mundial de todo o setor

O crescimento do mercado brasileiro de entrega de comida online é exponencial, com uma margem de receita prevista de US$21,18 bilhões este ano. A previsão é que haja um crescimento anual de 7,04% para o setor até 2029, conforme indica a Statista.

Este movimento de adaptação ao ambiente online é impulsionado, sobretudo, pela mudança de hábitos de consumo, comodidade dos usuários e vendas por diferentes canais.

A evolução do delivery e e-commerce no cenário nacional

As vendas pela internet chegaram ao número de 68% do comércio, mas com a flexibilização e a abertura de lojas físicas em 2022, esse ritmo diminuiu. Segundo pesquisa da NielsenIQ, neste ano houve um aumento de apenas 2,2% no online, com alta de 6% no primeiro semestre e queda de 2% no segundo.

Em contrapartida, esse número não afetou o mercado de comida e bebida: foi registrado um aumento de 71,7% em 2022. Uma porcentagem superior aos outros setores, visto que perfumaria e cosméticos cresceram cerca de 21,2%, pet shops, eletrônicos e casa e decoração com aumentos de, respectivamente, 16,3%, 10,5% e 9,6%.

E, apesar do valor do ticket médio ter caído 7,5% por conta das vendas online, o número de pedidos delivery cresceu para 7,9%. Esta alta foi equivalente a 20,1% de novos consumidores, significando um ponto positivo para donos de estabelecimentos, principalmente aqueles que precisaram se reinventar durante o isolamento.

Assim, não há previsões para uma queda tão cedo no setor de alimentos e bebidas, um movimento potencializado pela taxa de penetração de novos usuários no delivery em 2025. Segundo dados da Statista, a taxa deve ser de 38,8%, de forma a consagrar os novos hábitos de consumo dos usuários e incentivando a presença em plataformas de delivery por parte de restaurantes e mercados

Desta forma, a previsão é que 90,4 milhões de pessoas utilizem serviços de delivery no Brasil até o ano de 2029. Uma oportunidade e tanto para quem deseja investir no setor!

Múltiplos canais de vendas

A razão para que o setor alimentício permaneça em crescimento é, principalmente, pela comodidade dos consumidores e os múltiplos canais de vendas.

Segundo a NielsenIQ Ebit, para 65% dos clientes, não precisar sair de casa para comprar é o principal motivo para optarem pelos e-commerces. 

Além disso, a economia de tempo e entrega rápida são outros benefícios apontados por 47% e 42%, respectivamente. Outra informação levantada pela pesquisa é os marketplaces como opção para pequenos e médios negócios. 

Rodrigo Cardoso, CEO da LAB2U, analisa o impacto: "Pequenas empresas aproveitam o volume de tráfego que é muito alto nos marketplaces”. 

A segurança e a escala de vendas são alguns dos principais pontos positivos para essa plataforma e tende a permanecer em crescimento nos próximos anos.

As vendas pela internet tiveram um impacto grande no setor alimentício, porém muitos estabelecimentos conseguiram se manter firmes, tudo indica crescimento e adaptação para novos restaurantes e bares.