A intensa disputa que hoje redefine todo o mercado de delivery no Brasil, com a chegada de novos gigantes e o retorno de antigos players, nos lembra a importância de um capítulo decisivo para o setor: o encerramento das operações da Glovo, em 2019.
Aquele anúncio, que na época sinalizou a alta competitividade do país, hoje é analisado como o ponto de partida para o que estamos vivendo em 2025.
O alerta que foi deixado pela Glovo lá em 2019 sobre a dificuldade de competir no Brasil se concretizou mais rápido do que o esperado.
A alta “queima de caixa” e a necessidade de investimentos massivos para crescer, razões que motivaram a saída da empresa espanhola, provaram ser um desafio real e insustentável para outros grandes nomes do setor que tentavam conquistar seu espaço.
Essa mesma pressão por resultados, levou também o Uber Eats encerrar sua operação de entrega de restaurantes em 2022. No ano seguinte, o mercado viu o 99Food seguir um caminho muito parecido.
Com a saída desses competidores, o mercado ficou aberto para uma grande consolidação, resultando no duopólio formado por iFood e Rappi, que dominam o cenário.
No entanto, foi justamente essa falsa estabilidade que criou a oportunidade para uma reviravolta. A concentração do mercado em apenas dois players abriram brechas para a chegada de novos concorrentes.
A gigante chinesa Keeta, por exemplo, desembarcou no país com uma estratégia agressiva, exatamente para atrair aqueles clientes insatisfeitos. O movimento logo seguiu o retorno do 99 Food, agora com um novo pensamento e capital para tentar disputar.
Dessa forma, o fim da operação da Glovo, que em 2029 foi a notícia de um competidor se retirando, hoje nos ajuda a entender a jornada completa do setor.
A verdade é que o Food Service vice um ciclo constante de alta competição, consolidação e, mais uma vez, uma guerra aberta pelo domínio do delivery no Brasil.