Cresce o número de pessoas trabalhando no setor de alimentação

Bares e restaurantes registram cerca de 50 mil empregos no primeiro trimestre

O mercado de alimentação registra crescimento de pessoas ocupadas no primeiro trimestre de 2023 (jan/fev/mar). A movimentação pode ser muito significativa para o setor de bares e restaurantes que já enfrentavam problemas.

Segundo dados do IBGE liberados no final de abril, bares e restaurantes foram responsáveis pela criação de quase 50 mil vagas, sendo o setor de maior crescimento do mercado.

O número, em relação ao último trimestre de 2022 (out/nov/dez), marcou um aumento de 1,8%. Na média  do país, houve uma mudança na porcentagem de pessoas ocupadas na economia, com -1,6%.

Levando em consideração as dificuldades que os estabelecimentos de alimentação andam enfrentando após a reeabertura de comércios, os números são impressionantes.

Paulo Solmucci, presidente da Abrasel, comenta a importância desse crescimento para a retomada econômica do setor.

"O setor de bares e restaurantes é um dos mais importantes, sendo responsável por cerca de 6 milhões de empregos diretos. Mesmo diante das dificuldades enfrentadas durante e depois da pandemia, continua contratando e contribuindo", explica Solmucci.

"No entanto, não recebe a atenção devida. Temos ainda 30% de estabelecimentos trabalhando com prejuízo, um número muito alto.” continua.

 “É preciso atenção com quem está pagando hoje uma conta injusta e desproporcional dos tempos de restrições e fechamentos ".

Mesmo com a balança perigosa que pode cair a qualquer minuto, os bares e restaurantes marcam  bons números em diversidade e inclusão social.

Com o crescente número de vagas de emprego, mais oportunidades surgiram no setor de alimentação. É o que mostra dados da Receita Federal, IBGE e do Ministério do Trabalho.

“O setor é muito resiliente, e representa o sonho e a sobrevivência de milhões de famílias no país.”  analisa o presidente executivo da Abrasel.

“São pais e mães que tocam seus negócios com a ajuda dos filhos, nas favelas e periferias do país, enfrentando dificuldades como inflação, endividamento, impostos.”

“E que ainda assim criam empregos e fazem girar a roda da agricultura, da indústria e de diversos outros setores que têm nos bares e restaurantes seus principais clientes” completa Solmucci

As mulheres possuem a maior participação do setor. Representam 38% de quem tem sociedade num bar e restaurante, contra 36% na agropecuária, 35% no comércio, 31% na indústria e 24% na construção civil.

Além disso, como já dito, o mercado é, hoje, um dos maiores geradores de empregos no país, com quase 6 milhões de pessoas trabalhando nos estabelecimentos.

E o retrato da representativa também está presente. As mulheres são a maioria de quem trabalha em bares e restaurantes, com 52%. Já  61% são pretos ou pardos.

Os jovens também possuem força no ramo: 1 em cada 5 trabalhadores do setor tem entre 20 e 29 anos. Apesar da juventude, a maioria apresenta boa qualificação. 

“O nosso setor é formador de oportunidades. Ele dá o primeiro emprego, permite que o jovem trabalhe e possa financiar os estudos, forma empreendedores que irão gerar novos empregos.”, Opina Solmucci

“Bares e restaurantes são um ambiente propício para a inovação, a criatividade e o relacionamento humano. E essa força está diretamente relacionada à diversidade, que traz novas ideias, novas perspectivas e novas formas de fazer negócios. É um lugar que precisa de atenção especial por tudo que ele representa para o país”, completa o presidente da Abrasel.

Com grandes números de empregos e economia funcionando, é possível enxergar uma melhora nos próximos meses no setor de alimentação.

Não só a respeito de representativa e oportunidades como também um aumento econômico significativo para o país.

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