Segundo a Associação Brasileira de Restaurantes e Serviços de Alimentação (Abrasel), o setor faturou cerca de R$ 60 bilhões apenas no primeiro semestre de 2024. A partir desse cenário, outro dado chama atenção: um estudo da consultoria Redirection International, previu um crescimento anual de 7% até 2028, um número promissor.
Porém para que esse crescimento se concretize, é necessário que o setor esteja sempre em constante evolução, impulsionados principalmente pela transformação digital e por inovações tecnológicas.
Diante de um cenário tão dinâmico, reinventar a operação e a experiência do cliente não é mais um diferencial, mas sim uma necessidade para os estabelecimentos que querem se manter competitivos.
A geração Z (nascidos entre 1997 e 2012) são os principais consumidores do setor alimentício, a geração que nasceu no meio da evolução tecnológica busca saber de tudo que pode e inovar em tudo também! Juntando essas informações, já temos um caminho para seguir: buscar novas formas de evolução dentro da cozinha e salão.
Estar sempre inovando e em constante adaptação, essa é uma visão que os donos de restaurantes precisam ter quando lidam com a nova geração e com as suas tendências.
A tecnologia desempenha um papel fundamental na maneira como esses consumidores se relacionam com o setor alimentício, eles já utilizam aplicativos de entrega, pagamentos digitais, pedidos através do autoatendimento e pedidos personalizados tem grande apreço.
A inteligência artificial (IA) vem transformando o setor de food service oferecendo soluções que vão desde a previsão de demanda até a personalização do atendimento. Segundo relatório da McKinsey, empresas que adotam IA conseguem reduzir até 20% do desperdício de alimentos e aumentar em 15% a eficiência operacional, números que chamam a atenção de gestores que buscam inovação e economia.
No Brasil, bares e restaurantes já experimentam ferramentas baseadas em IA para recomendar pratos em cardápios digitais, prever estoque e até sugerir promoções personalizadas de acordo com o perfil de consumo. Essa tendência é ainda mais relevante para a Geração Z, público que valoriza experiências rápidas, interativas e alinhadas ao seu comportamento digital.
Além disso, a personalização ganhou força com o uso de cardápios digitais integrados a sistemas de gestão, que registram preferências, históricos de pedidos e indicam combinações de pratos. O resultado é um aumento no ticket médio e na fidelização, já que os clientes se sentem mais reconhecidos em suas escolhas.
De acordo com a Abrasel, a união entre tecnologia, personalização e conveniência será um dos diferenciais mais competitivos nos próximos anos, impulsionando o setor a alcançar a projeção de crescimento anual de 7% até 2028.
Outra transformação digital são os pontos de Self-checkout. Eles mostram uma realidade onde o consumidor quer reduzir (ou não ter) contato com atendentes. Essa é uma ação ainda muito debatida dentro do setor por causa da pandemia.
Aqui no Brasil, muitos supermercados já têm implantados esses pontos de autoatendimento. A novidade é utilizar isso também dentro dos bares e restaurantes. Isso irá permitir que o próprio consumidor conduza as operações e concretize o pagamento.
Algo que já é muito utilizado por aqui são os Cardápios por QR-Code. Eles dão autonomia para o cliente escolher e realizar os próprios pedidos, que são encaminhados diretamente para a sua cozinha. Tudo isso sem precisar baixar um aplicativo, sem contato com o atendimento.
Os cardápios digitais são uma opção para os bares e restaurantes. Ele é capaz de aumentar o ticket médio da comanda, já que o consumidor poderá escolher todos os itens, incluindo adicionais e bebidas.
Essas duas tecnologias alinhadas podem trazer ganhos para muitos restaurantes, principalmente aqueles que trabalham principalmente com delivery e take away.