É o quarto mês consecutivo que os dois passam a frente de outros produtos
A alimentação fora do lar aos poucos vem se recuperando e atingindo números acima da média, mas ela ainda enfrenta algumas dificuldades pelo caminho. Lanches e cerveja, por exemplo, impulsionaram a inflação nos últimos meses.
De acordo com um estudo da Future Talk com a Associação Nacional dos Restaurantes (ANR), levando em conta os primeiros seis meses do ano, a inflação do consumo fora do lar cresceu (+3,4%) acima da inflação geral brasileira (+2,9%).
Em São Paulo, esse número alcançou uma porcentagem bem maior (+4,0%), também acima da inflação geral paulista (+3,1%) e brasileira.
Muito desse aumento foi impulsionado por lanches com acréscimo de (+0,7%) e cervejas (+0,5%). Em SP, os mesmos itens obtiveram aumento, com cerveja (+0,9%) e lanche (+0,5%).
Segundo a pesquisa, é o quarto mês consecutivo que os dois produtos crescem mais que a média de alimentação fora do lar. Ainda assim, os índices de consumo fora de casa no Brasil foram os menores em muito tempo.
Isso porque o mercado anda acompanhando a desaceleração da inflação da refeição e no geral. Mesmo em SP, que fechou com índice positivo, foi o menor em comparação ao mês de maio de 2023 com (+0,9%).
Fernando Blower, diretor executivo da ANR, comenta sobre os números. “Apesar dos índices de queda na inflação, tivemos um aumento que custa no bolso das pessoas e em sua rotina, por isso é preciso ficarmos atentos para pensar em soluções que não prejudiquem o consumo das pessoas”.
Apesar da inflação e o setor de alimentação caminhando aos poucos para se recuperar, os empregos na área bateram números significativos.
Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres – ABIAD, o número de contratações com carteira assinada no setor de alimentos alcançou um aumento de 3,1% no segundo trimestre.
De janeiro a junho, o saldo foi de 5.042 admissões. Dados PIM-PF do IBGE,
Em comparação ao mesmo período em 2022, também mostram um crescimento do consumo de alimentos especiais e diferenciados, como grãos e suplementos vitamínicos, em 5% no primeiro semestre deste ano.
Esse número positivo foi influenciado pela alta procura de alimentos mais saudáveis e sustentáveis em 2023. O jeito é ficar atento às mudanças do mercado em relação aos preços e à inflação.