Starbucks vai fechar? Juiz nega o pedido de recuperação judicial da operadora

A SouthRock Capital, operadora das marcas Starbucks e Subway no Brasil tem dívidas que somam R$ 1,8 bilhão

 A SouthRock Capital, operadora das redes Starbucks e Subway no Brasil, pediu uma recuperação judicial no dia 31 de outubro e corre risco de sair do país.

Com dívidas que somam quase R$ 1,8 bilhão, a empresa possui cerca de 187 lojas da Starbucks, 25 restaurantes do Brazil Airport Restaurants (BAR), quatro lojas próprias do TGI Fridays e um centro gastronômico Eataly no território nacional.

Mas a crise da operadora levou ao fechamento de 42  cafeterias no país. Ou seja, 22,8% do total das unidades, de acordo com o jornal Valor.

A SouthRock já informou que a marca Subway não faz parte do pedido de recuperação judicial. Ao Money Times, diz “por uma decisão de negócios, tomada em conjunto com os parceiros comerciais”.

A empresa soltou uma nota que explica que a solicitação de RJ é para “proteger financeiramente suas operações no Brasil atrelado a decisões estratégicas para ajustar seu modelo de negócio à atual realidade econômica”.

Os ajustes incluem a revisão do número de lojas operantes, do calendário de aberturas, de alinhamentos com fornecedores e stakeholders, bem como de sua força de trabalho tal como está organizada atualmente”,  diz a SouthRock em comunicado enviado ao IM Business.

A operadora também reforça que os últimos anos, desde o início da pandemia, não foram fáceis para nenhum varejista. “Os desafios econômicos no Brasil resultantes da pandemia, a inflação e a permanência de taxas de juros elevadas agravaram os desafios para todos os varejistas, incluindo a SouthRock”.

A companhia finaliza garantindo o funcionamento das marcas, enquanto a reestruturação é feita “A SouthRock segue comprometida em continuar trabalhando em estreita colaboração com seus parceiros comerciais para criar as condições necessárias para seguir desenvolvendo e expandindo todas as suas marcas no Brasil ao longo do tempo.”

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Pedido negado

 Porém, o pedido de recuperação judicial foi negado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). O juiz Leonardo Fernandes dos Santos, foi o responsável por negar os pedidos liminares da empresa.

Além disso, o juiz também nomeou um administrador para fazer a perícia e a análise da documentação apresentada com urgência antes de reconsiderar o pedido de falência.

Na sentença, o juiz determinou uma necessidade de constatar a verdadeira situação da empresa e comprovar a regularidade dos documentos. Também informou que as alegações  foram consideradas genéricas e o contrato de licença não foi anexado ao pedido.

esmo  confirmando a negativa para as liminares do pedido, a marca avisou que “irá recorrer desta decisão inicial e não definitiva”.

Impactos no mercado food service

Mesmo a Subway não estar envolvida na recuperação judicial, o fechamento de algumas unidades da Starbucks e outros estabelecimentos da companhia vão impactar o mundo food.

Em especial, as cafeterias do Brasil. Mesmo que não haja previsão para desligamento total de todas as unidades no país, a crise e as dívidas da empresa podem afetar outros estabelecimentos.

Isso porque uma crise no mercado food service sempre respinga em outros lugares, principalmente nos impactos econômicos. 

Para um setor que estava se recuperando da crise causada pela pandemia, uma mudança no cenário nunca é positivo. Por isso, é importante ficar atento às possíveis crises.

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