Entregadores optam por não paralisar as atividades no dia 25 de janeiro

O “Breque dos apps” previsto para a próxima quarta-feira (25), não irá mais ser realizado. Decisão foi tomada após encontro da categoria com o Secretário de Economia Solidária, Gilberto Carvalho. De acordo com eles, Carvalho colocou como prioridade a regulamentação do trabalho de entrega por apps.

A paralisação estava prevista para acontecer em diversas capitais do país com o intuito de buscar melhores condições de trabalho para a classe. Altemício Nascimento, de São Paulo, presidente da Associação dos Entregadores de Aplicativos (AEA), defendeu os motivos para a suspensão da paralisação.

"Estamos há quatro anos fazendo manifestações e o antigo governo não falou com a gente. Agora, o ministro abriu as portas para o diálogo e vamos falar com eles. A manifestação do dia 25 foi cancelada porque eles pediram, já que o governo vai abrir as portas pra gente. Se tem uma conversa, não há como ter a manifestação."

Carvalho pediu aos entregadores que levem ao governo uma proposta de regulamentação da categoria. Em paralelo, o secretário irá conversar com o Presidente sobre as reclamações feitas pelos trabalhadores e uma comissão especial para tratar do tema deve ser montada.

O que eles pedem

Os entregadores pedem cinco pontos para melhorar suas condições de trabalho. São eles: 

1ª Taxa mínima paga por entrega aumente de R$6 para R$8.

2º Fim da existência das chamadas entregas duplas ou triplas.

Que é quando, sem ganhar por duas corridas, o entregador leva mais de um pedido na mesma viagem. 

3º Apólice de seguro em caso de morte.

De acordo com os organizadores da paralisação, as coberturas oferecidas pelo iFood não são eficientes.

Um caso emblemático foi divulgado pelo Intercept, quando Yuri Fontes, de 24 anos, morreu em um acidente no Rio de Janeiro enquanto fazia entrega para o iFood, em setembro do ano passado. A família não conseguiu acesso ao auxílio-funeral a tempo e, depois, teve o seguro de vida negado. Onze dias depois de sua morte, a conta de Yuri foi desativada por "má conduta".  

4º Retorno do plano de aluguel de Bikes elétricas por R$9,90 por semana

"Antes era esse valor por conta de uma parceria do iFood com o Itaú. E acabou esse plano, agora quem depende dessa bike para fazer entrega tem que pagar R$59,90. Ficou muito pesado", expõe Corrêa.   

5º Fim das Operadoras Logísticas (OL)

São empresas contratadas pelo iFood que funcionam como intermediárias entre a plataforma e os entregadores. Nelas, os entregadores trabalham com carga horária, subordinação a um supervisor e estão sujeitos a penalidades.

 

Fonte: Brasil de fato

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