Pagamento por Pix aumenta em bares e restaurantes

O uso de QRcode aumentou 24% na preferência dos clientes

Criado no fim de 2020, o pagamento por Pix logo se tornou o favorito dos brasileiros. Transferências sem taxas e na hora se tornaram a opção mais fácil para os clientes de bares e restaurantes.

Segundo um levantamento feito pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o Pix se tornou o meio de pagamento mais popular no ano de 2022.

No ano passado, obteve mais de 24 bilhões de transações, o que equivale a uma média de 66 milhões de operações diárias. 

As transações do Pix chegaram a superar as de cartão de débito, boleto, TED, DOC e cheques que totalizaram 20,9 bilhões.

Na Autocom 2023, o chefe da Gerência de Gestão e Operação do Pix do Banco Central do Brasil,Carlos Eduardo Brandt,  destacou o  sucesso do Pix.

Segundo ele, a partir de janeiro de 2022, houve uma aceitação maior das empresas ao Pix e isso incluiu uma parte da população que, até então, estava excluída.

“Alguns modelos de negócios dependiam quase exclusivamente do cartão de crédito e muita gente não tem acesso a esse meio de pagamento. Essas pessoas ficavam excluídas e a empresa perdia um potencial cliente”, argumenta Brandt.

Além disso, o aumento significativo afetou diretamente no valor do ticket médio por transação de R$ 474,04. 

Brandt diz que 73% dos empreendedores já usavam o meio de pagamento. Já entre a população adulta, 136 milhões de pessoas preferiram o Pix. 

“Isso significa inclusão financeira porque as pessoas passam a ter acesso a outros produtos no sistema financeiro e também fora, como um aplicativo de transporte ou comida”, analisa.

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O crescimento não para

E os números não se limitam apenas em 2022. Em Minas Gerais, o uso de Pix aumentou cerca de 51% no carnaval no setor de restaurantes e 62% nas bebidas.

Desde então, os estabelecimentos estão percebendo a vantagem de utilizar e oferecer essa forma de pagamento. 

Matheus Daniel, presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Minas Gerais, comenta que o Pix é vantajoso tanto para quem vende quanto para o cliente. 

"Para quem compra, o uso desse recurso é mais vantajoso pela praticidade,” afirma 

“Para os donos de bares e restaurantes, a vantagem principal é que, quando a transferência é feita diretamente para outra conta, não são cobradas as taxas das máquinas de pagamento." completa Daniel

No entanto, Daniel também diz que há uma desvantagem: "Quando o vendedor não confere o recebimento, fica mais fácil sofrer golpes, como a apresentação de comprovantes de pagamento falsos.”

“A solução para o problema é sempre se lembrar de emitir a nota fiscal após a compra. Usar a máquina de pagamento também pode ajudar, já que ela acusa o recebimento do pagamento", explica o presidente da Abrasel.

Mas o crescimento também afeta outros setores da economia de alimentação. De acordo com dados fornecidos pela Rede, empresa do Itaú Unibanco , os maiores crescimentos em faturamentos aconteceram nesses ramos 

O fast-food cresceu 117%, as padarias, 29%, as lojas de cervejas, vinhos e bebidas alcóolicas, que subiram para 21% e as bebidas, 19%.

Esses números são importantes para ficar de olho nas mudanças do mercado. Pelos resultados, restaurantes que oferecem o Pix como alternativa de pagamento estão faturando mais. Ou seja, os clientes preferem pagamentos rápidos e sem taxas.

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