Rússia x Ucrânia: entenda o impacto no setor food

Os principais impactos da Guerra na Europa para os empresários e empresárias do setor de alimentação

O que eu trago por aqui não é nenhuma novidade. Na última semana, já começamos a sentir no bolso as consequências dessa Guerra (que nem deveria ter começado) no setor de bares e restaurantes. 

Além de ser uma das maiores crises humanitárias da história, o impacto dela deve durar por muito tempo ainda. Por causa da guerra na Europa, os preços do petróleo dispararam no mercado internacional. Não apenas isso, o impacto irá ocorrer em outros segmentos, em especial, nos agronegócios e no agropecuário. 

Como consequência desse cenário estamos vendo os preços dos combustíveis alcançarem preços nunca antes vistos. Em alguns estados brasileiros a gasolina já passa dos R$10. Mas qual o impacto disso para o setor de alimentação fora do lar? Enorme. 

A alta do petróleo não afeta apenas no preço do da gasolina - que impacta diretamente nas taxas de entrega - mas também na produção de diversas matérias-primas. O que isso quer dizer? Quem tudo derivado do petróleo, como químicos, plásticos e têxteis, terão aumento de custos.

Isso significa que os preços de embalagens, cardápios e taxas de entregas vão precisar subir. Uma forma de tentar diminuir o impacto no consumidor final é investir em opções sustentáveis que não utilizam derivados do petróleo.

Nos últimos 6 meses vimos nas notícias e nos postos os preços do combustível subirem, uma alta de 46% somando todo ano de 2021.

Aumentos nos agronegocios

Se já não bastasse o aumento nas refinarias, as empresárias e empresários, também vão sentir diretamente na produção do seu cardápio. 

Isso porque a Rússia é o maior exportador de trigo do mundo e pelos embargos econômicos pelo conflito com a Ucrânia tem sido afetado. Juntos, os dois países contribuem, em média, com 30% das exportações mundiais de trigo.

Ou seja, a farinha vai ficar mais cara, o aumento esperado é de quase 10% e no milho em quase 7%. Vai ser impossível não impactar o consumidor final com esse aumento.

Nas massas, em média, 70% do custo é de farinha. Nos biscoitos, o peso é de 30%, e nos pães e bolos industrializados, de 60%. O mais importante aqui é pensar em soluções que diminuam isso.

É importante acrescentar nessa conta que além da queda na oferta do cereal e a alta dos preços, o desabastecimento tem a ver com dificuldades logísticas. A guerra na Europa fechou os portos e interrompeu o transporte. 

Projeto para estabilizar os preços dos combustíveis é aprovado

No dia 10 de março, o Senado aprovou um projeto de lei que prevê a criação de um fundo para estabilizar os preços da gasolina, do diesel e do gás no Brasil. Essa iniciativa tem o intuito de evitar que os valores continuem subindo sem parar.

A lógica para essa iniciativa é bem simples: os caminhoneiros ameaçam parar e da última vez isso causou um caos pelo país. Com o projeto aprovado, o consumidor final não sentirá a variação dos preços dos combustíveis na hora abastecer ou na hora de fazer as compras. 

Para completar, ainda essa semana, o Presidente Jair Bolsonaro, aprovou o projeto de cobrança única de ICMS de combustível. Com isso, a cobrança será feita com base na alíquota fixa por volume comercializado e única em todo o país.

Com a aprovação de mais esse projeto, o preço do produto deve cair nas bombas de gasolina até R$0,60. “Eu lamento apenas a Petrobras não ter esperado um dia a mais para realizar esse reajuste", disse o presidente.

Auxílios aprovados

Além disso, o projeto também amplia o auxílio gás para 11 milhões de famílias e cria um auxílio gasolina para motoristas e motoboys com renda de até 3 salários mínimos. Mas atenção é preciso estar cadastrado no Auxilio Brasil (antigo Bolsa Família)

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