Vale-refeição: governo pode alterar regras do benefício

Com o mercado do vale-refeição 85% dominado pelas empresas: Sodexo, Alelo, VR e Swile, o Ministério da Fazenda pretende realizar mudanças para implantação de mais companhias.

A intenção é começar a partir de maio, mas o Banco Central quer frear essa decisão pela falta de entendimento sobre a regulamentação do novo sistema.

O vale-refeição é um benefício oferecido aos trabalhadores para que possam se alimentar durante a jornada de trabalho. O mercado movimenta cerca de R$ 150 bilhões por ano, o que atrai o interesse de outras empresas, como o iFood.

O que pode mudar?

A  mudança mais importante que pode ocorrer é a flexibilidade e a portabilidade entre os benefícios.

Se o Banco Central e o governo chegarem a um acordo, a possibilidade de transferir os créditos do seu benefício para outros pode ser real.

Além disso, também será possível a autorização para gastar os créditos em qualquer estabelecimento que aceite o tíquete, sem se preocupar com a bandeira.

Com a abertura do mercado e mais empresas investindo, é esperada uma redução das taxas cobradas pelas empresas que fornecem os cartões.

Hoje, os estabelecimentos pagam cerca de 7% do valor das refeições, diferente das tarifas de cartão de crédito (2%) e débito (1%).

 

Não é a primeira vez que ocorrem conversas sobre as mudanças do vale-alimentação e vale-refeição.

A Lei 14.44/22, sancionada no ano passado, também estabelece algumas mudanças para o VR que podem afetar diretamente bares e restaurantes.

Confira aqui mais sobre a lei e o que muda para os restaurantes!

De qualquer forma, é necessário os restaurantes ficarem de olho na possível flexibilidade de aceitar outras operadores em seus estabelecimentos.

A mudança pode ser significativa para o negócio, basta entender se positiva ou negativa.

É vantajoso oferecer VR no restaurante?

Uma das maiores dúvidas é sobre as vantagens que o vale-refeição e o vale-alimentação podem oferecer para bares e restaurantes.

É um fato que o benefício atinge e movimenta o food service todos os anos, já que a decisão de comer fora pelos trabalhadores muitas vezes possui influência do tíquete.

Em uma pesquisa feita pela  Fundação Instituto de Administração (FIA), mostrou que o mercado do VR representa uma parte importante da receita dos estabelecimentos.

Em uma entrevista com 914 pessoas, cerca de 60% afirmaram que só comem em restaurantes que aceitem o vale-refeição.

A pesquisa ainda mostra que 91% das empresas de food service que oferecem o benefício aumentam o faturamento ao final do mês.

Um número significativo se leva em conta a dificuldade que o setor de alimentação vem enfrentando nos últimos anos.

E agora?

Ainda é necessário entender se haverá acordo entre o Ministério da Fazendo e o Banco Central. O governo afirma que o banco possui jurisdição para regular as novidades.

Mas o órgão estaria buscando se manter fora do segmento. BC afirma não ter meios técnicos para assumir responsabilidade.