Cashback: como afeta o consumo dos clientes?

Você provavelmente já ouviu falar na reforma tributária. Ela entra em período de testes em 2026 e segue para a transição até 2033, quando passa a valer de forma definitiva. 

Com a taxação do imposto seletivo, que ocorre sobre itens como refrigerantes, o cashback foi a alternativa encontrada pelo fisco para auxiliar famílias de baixa renda nas mudanças da reforma.

Um levantamento do IPC Maps estima que em 2025 o gasto médio das famílias brasileiras será de R$1,1 trilhão com alimentação e bebidas. Esse número mostra a necessidade de tarifas acessíveis nesse setor. 

Sendo assim, uma das muitas soluções foi incluir alíquota zero ou isenção para itens de cesta básica, como arroz e feijão. 

Entenda a função do cashback na reforma tributária 

Para entender como algumas aplicações serão feitas, assim como ocorre com o NCM, é importante que tudo fique bem explicado. Pensando nisso, a Saipos criou um artigo com tudo o que você precisa saber sobre este assunto. Confira:

cashback SAIPOS

O que é o cashback e como será aplicado?

O cashback é um sistema de devolução para famílias de baixa renda, que devolve parte do imposto pago ao contribuinte. 

De acordo com o secretário da Fazenda do Paraná, Norberto Ortega, em entrevista ao Comsefaz Explica, as regras serão específicas para o programa. 

“Haverá a devolução de 100% da CBS, imposto de competência federal sobre itens essenciais, a exemplo da conta de água, de energia elétrica, o gás de cozinha, o serviço de telefonia, de internet”, afirma.  

Norberto ainda destaca a devolução do IBS. “Pelo menos 20% do IBS, de competência de Estados e municípios, também será devolvido sobre os mesmos itens já mencionados. Para os demais produtos e serviços, o ressarcimento será de 20% da CBS e também do IBS.”

Imposto sobre Bens e Serviços e Contribuição sobre Bens e Serviços (IBS e CBS) são os novos tributos que substituirão ICMS, IPI, ISS, PIS e COFINS, a partir de 2033. 

Como funcionam as novas taxas?

O Imposto Seletivo chega para desestimular o consumo de itens e produtos prejudiciais à saúde e ao meio ambiente. Nesses termos, refrigerantes, bebidas alcoólicas e cigarros são os principais taxados. 

As novas alíquotas são impactantes, principalmente, para as famílias de baixa renda. Por isso, cria-se a chamada cesta básica nacional. Ela incide na alíquota zero ou isenta de produtos que entram nessa categoria. 

Sendo assim, as taxas são:

  • Cesta básica: 0%
  • Alíquota reduzida: 40% do imposto normal;
  • Produtos supérfluos: imposto cheio + possível seletivo

Quais os alimentos entram na cesta básica nacional?

Seguindo a lógica descrita acima, regulamentada pelo PLP 68/2024 e demais arquivos da reforma tributária, alguns alimentos já estão definidos como alíquota zero. Confira: 

Itens com alíquota zero na cesta básica nacional

Arroz

Feijão (todas as variedades)

Leites e fórmulas

Manteiga e margarina

Raízes e tubérculos

Cocos

Café

Óleo de soja

Farinha de mandioca, trigo e milho

Flocos de milho, grãos esmagados e sêmolas

Açúcar

Massas (macarrão)

Pães comuns compostos de farinhas de cereais, fermento, água e sal

Frutas, legumes e verduras

Ovos

Carnes bovinas, suínas, ovina, caprina e de aves (derivados com 60% de diminuição)

Peixes

Queijos em geral

Sal

 

É importante ressaltar que essas taxas são para todos os brasileiros, não somente os de baixa renda (para esse público há o cashback).

Qual o calendário da reforma tributária?

Todos os gestores devem ficar atentos ao novo calendário fiscal que inclui a reforma. Para que a implantação do novo sistema seja feita de forma fluida e organizada, ela se dividirá em etapas:

  • 2026: período de testes;
  • 2027 a 2032: início da reforma, chamado de período de transição. 
  • 2033: ano de ajustes e implantações finais, além da exclusão dos tributos antigos. 

As mudanças trarão a unificação de impostos e a clareza tributária. 

 

Imagem exemplificando a unificação dos tributos da reforma tributária

3 dicas de como preparar seu restaurante para a reforma?

A chegada da reforma traz a necessidade de ajustar seu negócio e entender quais adaptações serão vantajosas para seu restaurante. Confira algumas dicas:

  1. Assessoria contábil;
  2. Personalização de cardápio;
  3. Atualização do sistema de notas;

1. Assessoria contábil

Com certeza, se você é dono de restaurante, já tem seu contador de confiança para garantir as melhores ações financeiras em seu negócio. 

Porém, a reforma trará uma grande mudança na estrutura fiscal do país. Embora tudo fique mais transparente e enxuto devido a unificação tributária, a maior parte do que você já está acostumado será alterado. 

Nessa etapa, contar com um treinamento de uma assessoria contábil pode fazer a diferença. Além do contador, é importante que você saiba mais sobre o mundo fiscal e como ele funciona. 

Dica Saipos: entender sobre tributos pode garantir que seus impostos sejam cobrados de forma correta e que seu produto está sendo vendido pelo valor mais justo e lucrativo.

2. Personalização de cardápio;

Com as atualizações de taxas do Imposto Seletivo sobre itens como bebidas alcoólicas e refrigerantes, os donos de restaurante ganham um benefício em meio a tudo isso. 

As alíquotas são reduzidas em 40% e isentas em drinks feitos no estabelecimento. Ou seja, chega a hora de investir em um cardápio com bebidas atrativas. 

Pense em receitas e combinações únicas e exclusivas do seu espaço e divulgue valores promocionais em suas redes sociais. Estratégias de venda serão importantes nessa fase da reforma. 

Além disso, ajuste seu custo de mercadoria vendida. Entender o CMV e calcular de forma correta com as novas tributações é essencial para evitar prejuízo

3. Atualização do sistema de notas

Para incluir o CBS e IBS, além das novas alíquotas, o sistema utilizado deve estar atualizado e pronto para lidar com as burocracias da reforma. 

Por isso, é importante contar com um software simples, ágil e inteligente que consiga entregar mais otimização para sua gestão fiscal. 

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FAQ

Saiba mais sobre o assunto!

O que é o cashback da reforma tributária?

Sistema criado para auxiliar famílias de baixa renda a não sofrerem prejuízos consideráveis na reforma. Funciona como um desconto em outros pagamentos como forma de compensação.

O que é a cesta básica nacional?

Alíquota zero de itens de cesta básica nacional, como arroz, feijão, farinha e outros. Além disso, aqueles que não são zerados têm redução de até 60%, para compensar os aumentos dos produtos taxados no Imposto Seletivo, como refrigerantes e bebidas alcoólicas.